Carta aos Associados e Inscritos na Jornadas

                                                                                                                                             Versão em português

Versão em espanhol abaixo

Prezadas/os Colegas e Associadas/os,

Inicialmente agradecemos todo apoio que temos recebido de todos associados e inscritos na XX Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina, diante dos desafios colocados pela pandemia de COVID-19. Ao longo dos últimos meses, realizamos uma série de consultas e reuniões entre a diretoria da Associação, o conselho consultivo formado por seus ex-presidentes e secretários e com os organizadores das Jornadas para superarmos os impasses que se impuseram. Foi um momento rico de diálogo, escuta e análise serena da situação.

Acreditando na transparência e renovando nossos votos de uma gestão preocupada com a ampliação do debate sobre religião na América Latina, tomamos uma série de decisões que compartilhamos nesta carta. Solicitamos que leiam atentamente e seguimos à disposição para qualquer esclarecimento.

A situação

1. Começamos a planejar as Jornadas em maio de 2019. Ao longo de 9 meses – até fevereiro de 2020 já havíamos feito muitos avanços:          

a) definido que o evento seria na PUC/SP;    

b) feito a chamada, recebido, avaliado e divulgado as propostas de mesas,  painéis e GTs aprovados.         

c) divulgado a lista dos trabalhos selecionados para apresentação nos GTs.2. Pelo número de inscritos, essa seria um dos maiores eventos já realizados pela ACSRM, com mais de 600 participantes.

   2. Submetemos solicitação de apoio às agências de financiamento brasileiras para subsidiarem o evento. Como resultado, recebemos apoio da Capes e Fapesp.

   3. Por conta da ampla divulgação, recebemos com antecedência o pagamento de muitas inscrições, que viabilizariam a realização do evento, mesmo no cenário de crise que a América Latina já estava vivendo.

A pandemia

1. A Jornadas é um evento internacional, que tem como característica a presença de colegas de diversos países da América Latina. Com a pandemia, o consequente fechamento das fronteiras e a calamidade que se instaurou no Brasil, suspendemos o evento em maio de 2020.

2. As pessoas que se inscreveram no evento foram solidárias e mantivera o valor depositado conosco, contando em participar da atividade quando isso fosse possível.

3. Em princípio imaginamos que o evento poderia ser realizado presencialmente em 2021. No entanto, até agora não temos nenhuma razão concreta para crer que no próximo ano as fronteiras estarão abertas, que os protocolos de entrada e saída de estrangeiros estarão normalizados e que as universidades estarão dispostas a receber um evento da grandeza das Jornadas em suas dependências.

O Dilema

1. Diante disso, não é possível assegurar que poderemos realizar um evento presencial no próximo ano. Outros eventos acadêmicos estão passando por situação semelhante e vários deles estão apontando como alternativa a modalidade virtual.

2. A solução do evento virtual é complexa. Destaco três razões dessa complexidade: a) os custos de infraestrutura para realiza-lo são altíssimos; b) nenhum de nós e tampouco as empresas de organização de eventos (que poderíamos contratar) têm expertise suficiente neste tipo de organização; c) os inscritos pagaram o valor para participação em evento presencial. Convertê-lo  para modalidade virtual significaria rever os valores de inscrição e, certamente, devolver uma parte deste valor. Ou seja, teríamos menos caixa e mais custos.

3. Além das Jornadas, há uma questão institucional da Associação a ser resolvida. A troca da diretoria está condicionada, por estatuto, a realização de assembleia com os associados. As assembleias são realizadas nas Jornadas. Ou seja, adiar a Jornadas significa manter a atual diretoria no cargo. Embora pudéssemos encontrar uma solução virtual para a assembleia, seria bastante complicado fazer uma troca de gestão durante um impasse como esse que estamos vivendo. De modo que, neste momento, essa saída criaria uma série de outros problemas.

Dos consensos

1. Todos com quem conversamos estão de acordo que é muito difícil simplesmente transferir o evento que foi pensado para ser presencial ao formato virtual. Basta dizer que são mais de 600 inscritos, 24 Mesas Redondas, 6 conferências e 32 grupos de trabalho.

2. A Associação tem promovido uma série de pequenos seminários virtuais. Esses seminários têm uma audiência altíssima e estão contribuindo para amplificar a relevância da ACSRM na promoção do debate acadêmico sobre religião no continente. Todos esses eventos podem ser acessados em nossa página do Facebook – https://www.facebook.com/acsrm.religionlatinoamerica/?ref=bookmarks

3. A atual diretoria está permanentemente atenta às questões regimentais da Associação. Inclusive, antes da pandemia, estávamos preparando uma ampla reforma regimental, conforme o pedido aprovado em nossa última assembleia, realizada em Santiago/Chile, em novembro de 2018.

4. O Brasil, país sede da próxima Jornadas, está em uma situação singular. Além da calamidade instaurada neste momento, já podemos prever que mesmo após a descoberta da vacina, haverá demora para que todos estejamos vacinados e seguros – processo se estenderá por todo ano de 2021. Por isso, não é possível garantirmos a realização do evento presencial e, tampouco, que os brasileiros poderão entrar sem restrições nos países vizinhos.

Encaminhamentos

Diante do exposto, chegamos aos seguintes encaminhamentos.

1. Realizar seminários virtuais temáticos de modo permanente, com periodicidade mensal e duração de no máximo dois dias. Esses seminários serão realizados idealmente a partir de novembro deste ano (2020) e ao longo de todo ano de 2021. Publicaremos com antecedência o calendário dos seminários e divulgaremos amplamente nas redes da Associação.

2. Postergar a realização das Jornadas, no formato presencial, para o primeiro semestre de 2022. Manteremos sua sede em São Paulo, mas renegociaremos com as universidades do estado, conforme sua disposição, o local de sua realização. Isso nos garantirá que o evento permaneça acontecendo em anos pares, mantendo a decisão tomada na assembleia de Mendoza (2015), quando foi apontada essa necessidade para que o evento evitasse outros eventos de porte continental, como a LASA e a RAM.

3. Negociar com as agências acadêmicas de financiamento a possibilidade de uso da verba concedida para realização do evento presencial, em 2022.

4. Constituir um conselho consultivo, formado por todos os ex-presidentes e secretários da associação, com o objetivo de apoiar a atual diretoria neste momento. Fundamentalmente esse conselho funcionará como órgão de consulta, apoio e diálogo entre os sócios históricos da associação e a diretoria eleita, durante seu mandato.

5. Aprofundar ainda mais a comunicação com os associados, por meio de boletins mensais (prática já adotada), e com os inscritos nas Jornadas. Comunicar esses encaminhamentos, ser transparente com relação às dificuldades e solicitar, na medida do possível, que mantenham suas inscrições ativas no evento até o momento de sua realização efetiva. Destacamos essa última solicitação, reafirmando que o valor depositado é o que viabilizará a realização dos seminários virtuais e que as inscrições já pagas serão assim consideradas para o evento de 2022. OS Gts. mesas redondas e painéis já aprovados serão mantidos.

Mensagem final

Vivemos um dos momentos mais difíceis da história recente do continente. Isso tem efeitos particulares em nossas vidas e impõe desafios coletivos que só poderão ser superados também coletivamente. Neste processo, seguiremos com nosso esforço permanente de colocar em diálogo pesquisadores de toda América Latina, por meio de uma comunicação fluida, da realização dos seminários virtuais e de nosso periódico Ciências Sociais e Religião. Contamos com a solidariedade e apoio de todos os colegas para que em 2022 possamos, em São Paulo, finalmente comemorarmos juntos e presencialmente a superação deste momento.

Atenciosamente

Rodrigo Toniol

Presidente da Associação dos Cientistas Sociais da Religião do Mercosul

Diretoria da Associação dos Cientistas Sociais da Religião do Mercosul

 Rodrigo Toniol (Brasil) – Presidente

Luis Bahamondes Gonzáles (Chile) – Vice-Presidente

Brenda Carranza (Brasil) – Secretária Geral

Mariela Mosqueira (Argentina) – Prosecretaria

Valentina Pereira Arena (Uruguay) – Tesoureira

Conselho consultivo

Alejandro Frigerio (Argentina)

Ari Pedro Oro (Brasil)

Carlos Steil (Brasil)

Cristián Parker (Chile)

Eloísa Martín (Brasil)

Emerson Giumbelli (Brasil)

Fortunato Mallimaci (Argentina)

Javier Romero (Chile)

Juan Cruz Esquivel (Argentina)

Marcelo Camurça (Brasil)

Maria das Dores Campos Machado (Brasil)

María Julia Carozzi (Argentina)

Néstor Da Costa (Uruguai)

Silvia Montenegro (Argentina)

Verónica Giménez Béliveau (Argentina)

Comissão organizadora XX Jornadas

Brenda Carranza (Unicamp)

Everton Maraldi  (PUC-SP)

Maria José Fontelas Rosado Nunes (PUC-SP)

Paula Montero (USP)

Rodrigo Toniol (Unicamp)

Ricardo Mariano (USP)

Suzana Ramos Coutinho (PUC-SP)

Carta a las/os Asociadas/os e Inscritas/os en las Jornadas

Estimadas/os Colegas y Asociadas/os,

Inicialmente agradecemos todo el apoyo que hemos recibido de todas/os las/os asociadas/os e inscritas/os en las XX Jornadas sobre Alternativas Religiosas en América Latina, frente a los desafíos generados por la pandemia de COVID-19. A lo largo de los últimos meses, realizamos una serie de consultas y reuniones entre la Comisión Directiva de la Asociación, el Consejo Consultivo formado por sus ex-presidentes y secretarios y con los organizadores de las Jornadas para superar los impases que se impusieron. Fue un momento fecundo de diálogo, escucha y análisis sereno de la situación.

Apostando a la transparencia y renovando nuestros votos de una gestión preocupada con la ampliación del debate sobre religión en América Latina, tomamos una serie de decisiones que compartimos en esta carta. Solicitamos que lean atentamente y seguimos disponibles para cualquier aclaración.

La situación

1. 1.Comenzamos a planear las Jornadas en mayo de 2019. A lo largo de 9 meses – hasta febrero de 2020 –  ya habíamos realizado muchos avances:a) definimos que el evento ocurriría en la PUC/SP;b) realizamos el llamado, recibimos, evaluamos y publicamos las propuestas de mesas, paneles y GTs aprobados.c) anunciamos la lista de los trabajos seleccionados para presentación en GTs.2. De acuerdo con el número de inscripciones, este sería uno de los mayores eventos ya realizados por la ACSRM, con más de 600 participantes.

3. Presentamos una solicitud de apoyo a las agencias académicas de financiación de Brasil para financiar el evento. Como resultado, recibimos apoyo de la Capes y la Fapesp.

4. Debido a la amplia difusión, recibimos con anticipación el pago de muchas inscripciones, que harían posible la realización del evento, mismo en el contexto de crisis en el cual se encuentra América Latina.

La pandemia

1. La Jornadas es un evento internacional, que tiene como característica la presencia de colegas de diversos países de América Latina. Con la pandemia, el consecuente cierre de fronteras y la calamidad que se ha instaurado en Brasil, suspendimos el evento en mayo de 2020.

2. Las personas que se inscribieron en el evento fueron solidarias y han mantenido el valor depositado en nuestras manos, contando con la participación en la actividad cuando esta sea posible.

3. En un principio, imaginamos que el evento podría ocurrir presencialmente en 2021. Sin embargo, hasta el presente momento no tenemos ninguna razón concreta para creer que en el próximo año las fronteras estarán abiertas, que los protocolos de entrada y salida de extranjeros estarán normalizados y que las universidades estarán dispuestas a recibir un evento de de la magnitud de las Jornadas en sus dependencias.

El Dilema

1. Ante tal situación, no es posible asegurar que podremos realizar un evento presencial el próximo año. Otros eventos académicos están pasando por una situación semejante y varios de ellos han apuntado como alternativa la modalidad virtual.

2. La solución del evento en modalidad virtual es compleja. Destaco tres razones de esa complejidad: a) los costos de infraestructura para su realización son extremadamente altos; b) ninguno de nosotros y tampoco las empresas de organización de eventos (que podríamos contratar) tiene la expertise necesaria para ese tipo de organización; c) los inscritos pagaron el valor para participación en un evento presencial. Convertir el evento en modalidad virtual significaría revisar los valores de inscripción y, seguramente, devolver una parte de ese valor. O sea, tendríamos menos caja y más costos.

3. Más allá de las Jornadas, existe una cuestión institucional de la Asociación que debe ser resuelta. El cambio de la directiva está condicionada, por estatuto, a la realización de la asamblea con los asociados. Las Asambleas son realizadas en las Jornadas. Es decir, posponer las Jornadas significa mantener la actual directiva en el cargo. Aunque fuera posible encontrar una solución virtual para la asamblea, sería bastante complicado realizar un cambio de gestión durante una situación como la que estamos viviendo. De modo que, en este momento, esa salida generaría una serie de otros problemas.

De los consensos

1. Todos con quienes hemos hablado están de acuerdo que es muy difícil simplemente transferir el evento que ha sido pensado para ser presencial al formato virtual. Basta decir que son más de 600 inscritos, 24 mesas redondas, 6 conferencias y 32 grupos de trabajo.

2. La Asociación ha promovido una serie de pequeños seminarios virtuales. Esos seminarios tienen una audiencia altísima y han contribuido para amplificar la relevancia de la ACSRM en la promoción del debate académico sobre religión en el continente. Todos los eventos pueden ser accedidos en nuestra página de Facebook – https://www.facebook.com/acsrm.religionlatinoamerica/?ref=bookmarks

3. La actual directiva está permanentemente atenta a las cuestiones regimentales de la Asociación. Incluso, antes de la pandemia, estábamos preparando una reforma regimental amplia, de acuerdo con el pedido aprobado en nuestra última asamblea, realizada en Santiago/Chile, en noviembre de 2018.

4. Brasil, país anfitrión de la próxima Jornadas, está en una situación singular. Además de la calamidad instaurada en este momento, ya podemos predecir que hasta después de la descubierta de la vacuna, tardará para que todos estemos vacunados y seguros – proceso que se extenderá por todo el año de 2021. Por eso, no es posible garantizar la realización del evento presencial y, tampoco, que los brasileños van a poder entrar sin restricciones en los países vecinos.

Decisiones

Delante de lo expuesto, llegamos a las siguientes decisiones.

1. Realizar seminarios virtuales temáticos de modo permanente, con periodicidad mensual y duración máxima de dos días. Los seminarios serán realizados idealmente a partir de noviembre de este año (2020) y a lo largo de todo el año de 2021. Publicaremos con anticipación el calendario de los seminarios y divulgaremos ampliamente en las redes de la Asociación.
   

2. Postergar la realización de las Jornadas, en formato presencial, para el primer semestre de 2022. Mantendremos su sede en São Paulo, pero renegociaremos con las universidades del estado, de acuerdo con su disposición, el local de su realización. Eso nos garantizará que el evento permanezca ocurriendo en años pares, manteniendo la decisión tomada en la Asamblea de Mendoza (2015), cuando fue apuntada esa necesidad para que el evento no coincida con otros eventos de porte continental, como la LASA y la RAM.

3. Negociar con las agencias académicas de financiación la posibilidad de utilización del fondo concedido para la realización del evento presencial, en 2022.

4. Constituir un consejo consultivo, formado por todos los ex-presidentes y secretarios de la asociación, con el objetivo de apoyar la actual directiva en ese momento. Fundamentalmente, este consejo funcionará como órgano de consulta, apoyo y diálogo entre los socios históricos de la asociación y la directiva electa, durante su mandato.

5. Profundizar aún más la comunicación con los asociados, por medio de los boletines mensuales (práctica ya adoptada), y con los inscritos en las Jornadas. Comunicar estas decisiones, ser transparente con relación a las dificultades y solicitar, en la mayor medida posible, que mantengan sus inscripciones activas en el evento hasta el momento de su realización efectiva. Destacamos esta última solicitud, reafirmando que el valor depositado es lo que permitirá la realización de los seminarios virtuales y que las inscripciones ya abonadas serán así consideradas para el evento de 2022. Los GTs, mesas redondas y paneles ya aprobados serán mantidos.

Mensaje final

Vivimos uno de los momentos más difíciles de la historia reciente del continente. Esto tiene efectos particulares en nuestras vidas e impone desafíos colectivos que sólo podrán ser superados también colectivamente. En ese proceso, seguiremos con nuestro esfuerzo permanente de poner en diálogo los investigadores de toda América Latina, tras la comunicación fluida, la realización de seminarios virtuales y de nuestro periódico Ciencias Sociales y Religión. Esperamos la solidaridad y apoyo de todos los colegas para que en 2022 podamos, en São Paulo, finalmente celebrar juntos y presencialmente la superación de ese momento.

Saluda atentamente

Rodrigo Toniol

Presidente de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión del Mercosur

Directiva de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión del Mercosur

 Rodrigo Toniol (Brasil) – Presidente

Luis Bahamondes Gonzáles (Chile) – Vice-Presidente

Brenda Carranza (Brasil) – Secretária General

Mariela Mosqueira (Argentina) – Prosecretaria

Valentina Pereira Arena (Uruguay) – Tesorera

Consejo directivo

Mariana Espinosa (Argentina)

Marcos Carbonelli (Argentina)

Silvia Fernandes (Brasil)

Sandra Duarte (Brasil)

Juan Scuro (Uruguay)

Eugenia Fediakova (Chile)

Antonio Higuera Bonfil (México)

Consejo Consultivo

Alejandro Frigerio (Argentina)

Ari Pedro Oro (Brasil)

Carlos Steil (Brasil)

Cristián Parker (Chile)

Eloísa Martín (Brasil)

Emerson Giumbelli (Brasil)

Fortunato Mallimaci (Argentina)

Javier Romero (Chile)

Juan Cruz Esquivel (Argentina)

Marcelo Camurça (Brasil)

Maria das Dores Campos Machado (Brasil)

María Julia Carozzi (Argentina)

Néstor Da Costa (Uruguai)

Silvia Montenegro (Argentina)

Verónica Giménez Béliveau (Argentina)

Comisión organizadora XX Jornadas 

Brenda Carranza (Unicamp)

Everton Maraldi  (PUC-SP)

Maria José Fontelas Rosado Nunes (PUC-SP)

Paula Montero (USP)

Rodrigo Toniol (Unicamp)

Ricardo Mariano (USP)

Suzana Ramos Coutinho (PUC-SP)